Deputado federal Zucco (PL-RS) – Líder da Oposição na Câmara dos Deputados
Nos últimos anos, o Partido dos Trabalhadores e seus aliados vêm repetindo, como um mantra, que são os grandes defensores da democracia no Brasil. Alegam que salvaram o país de uma ameaça autoritária, que defendem a liberdade e o pluralismo, e que lutam incansavelmente por um Brasil mais justo. Mas a realidade é muito diferente do discurso. Por trás das palavras bonitas, o que vemos é justamente o oposto: autoritarismo, censura, perseguição e um projeto de poder que não tolera divergências.
Vamos aos fatos.
Uma das principais promessas de campanha do presidente Lula foi “revogar o sigilo” e garantir transparência. E o que fez seu governo? Ampliou o número de documentos sigilosos. De gastos da Presidência a agendas internacionais, o governo do PT tem escondido cada vez mais informações do povo brasileiro. A velha prática do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.
Outro exemplo emblemático foi a viagem da primeira-dama Janja à China. Não só foi uma missão obscura, sem informações claras sobre custos e objetivos, como protagonizou um episódio grave: pediu ao presidente de um regime ditatorial que ajudasse a combater as redes sociais no Brasil. Sim, a esposa do presidente da República solicitou apoio de uma ditadura comunista para censurar a internet brasileira. Isso não é defesa da democracia — é flertar com o autoritarismo.
A verdade é que o PT nunca escondeu seu desejo de controlar a informação no Brasil. Basta lembrar dos seus inúmeros projetos para “regular a mídia”. Sempre disfarçam sob o argumento de “democratização da comunicação”, mas o objetivo é claro: calar vozes divergentes e dominar o discurso público. Um partido que busca regular o que pode ou não ser dito, escrito ou publicado não tem compromisso com a liberdade de expressão, pilar fundamental da democracia.
E o mais grave é que esse autoritarismo é escudado por setores do Judiciário. O Supremo Tribunal Federal, que deveria ser o guardião da Constituição, muitas vezes tem atuado como linha auxiliar do projeto de poder do PT. Onde estão os freios e contrapesos? Onde está a defesa da pluralidade de ideias? A narrativa de que vivemos uma democracia protegida por essas instituições é cada vez mais frágil diante dos abusos que testemunhamos.
A esquerda brasileira adora posar de tolerante, de plural, de civilizada. Mas são os primeiros a perseguir adversários, a tentar destruir reputações, a esconder dados públicos, a sufocar a liberdade de expressão. O sonho do PT nunca foi um país democrático. O sonho deles é o pensamento único, é a hegemonia ideológica, é um Estado controlado por um partido — como nos regimes que eles tanto admiram.
Por isso, afirmo com todas as letras: quem ameaça a democracia brasileira não é a oposição, não são os cidadãos que pensam diferente, não são os que cobram transparência e liberdade. Quem ameaça a democracia é o próprio PT, com suas práticas sorrateiras, com sua intolerância à divergência, com sua aliança com a censura e com o sigilo.
O Brasil precisa abrir os olhos. A verdadeira resistência democrática hoje está do lado de cá, entre aqueles que defendem a liberdade plena, o debate aberto e o respeito às leis e à Constituição. O discurso bonito da esquerda já não engana mais ninguém.